Definir um novo futuro — cidades feitas para pessoas, não para carros

16/12/2021

Bolt

O carro particular — um objecto de liberdade, oportunidade e igualdade. Bem, pelo menos é assim que tem sido vendido ao mundo desde que a produção de carros em massa começou no início do século 20. E até certo ponto, é verdade. Colocamos a chave, ligamos o carro e conduzimos para onde quisermos.

Mas, como em todas as coisas boas da vida, há sempre um senão. E, infelizmente, este é bem grande.

É irónico como os carros privados e as suas infraestruturas de suporte têm servido para nos retirar a liberdade e as oportunidades que nos foram prometidas. Para além disso, os efeitos na nossa qualidade de vida, saúde e produtividade são indiscutíveis (vamos falar mais sobre isto mais à frente). 

Hoje, as nossas cidades estão literalmente numa encruzilhada. Podemos enterrar a nossa cabeça na areia e seguir como se nada fosse, ou podemos agir e tomar medidas que devolvam as cidades às pessoas. Na Bolt damos-te as ferramentas necessárias para fazeres exatamente isso, junta-te a nós!

Mas primeiro, vamos a uma lição de história muito rápida…

Os carros particulares são assim tão maus?

Se tens um carro particular que usas nas tuas deslocações diárias, ou até mesmo só aos fins de semana, deves estar a pensar o porquê desta cena toda. Mas temos de ter em conta a aquisição de carros particulares no seu todo, no contexto do planeamento e desenvolvimento das cidades nas últimas décadas.

Desde que os carros foram massificados, as nossas cidades e as suas infraestruturas têm sido desenhadas para os ajudarem a crescer. Estradas e carros têm sido uma prioridade, ditando o ambiente em que vivemos. Estradas mais largas, auto-estradas com quatro vias, parques de estacionamento com vários andares, vegetação pavimentada — as nossas cidades têm sido construídas para carros.

O problema principal é que isso faz com que também fiquemos dependentes deles. À medida que nos tornamos mais dependentes, vamos querendo um desenvolvimento urbano mais focado nos carros e nas nossas necessidades e acabamos presos num ciclo vicioso — e chegamos ao estado atual.

O problema com carros particulares

Saúde

Seja na nossa saúde física ou mental, o impacto negativo dos carros particulares é claro. De acordo com os dados partilhados pela Organização Mundial de Saúde, aproximadamente 1.3 milhões de pessoas morrem anualmente como resultado de acidentes de viação. 

Outros 20 a 50 milhões de pessoas sofrem lesões que podem torná-las incapacitadas. Este tipo de lesões são a principal causa de morte em crianças e jovens adultos entre os 5 e os 29 anos de idade, é assustador!

Em relação à saúde, temos também de ter em consideração algumas consequências que não são vistas a olho nu. Deslocações de carro — juntamente com más condições meteorológicas, trânsito, acidentes — contribuem para altos níveis de stress. 

Cada minuto de viagem adicional está correlacionado a um aumento de problemas de saúde. Vários estudos mostram que quem faz viagens de longa distância sofre muito mais de distúrbios psicossomáticos do que as pessoas que fazem viagens mais curtas. 

Os sintomas físicos variam, desde dores de cabeça e costas a problemas digestivos e de hipertensão. Os problemas mentais incluem distúrbios no sono, fadiga e problemas gerais de concentração.

Seja como for, um mundo cheio de carros particulares é prejudicial à nossa saúde coletiva.

Ambiente

A poluição emitida pelos carros tem múltiplos efeitos no ambiente à nossa volta: incluindo o aquecimento global, problemas de saúde da população, deterioração dos edifícios – a sociedade tem vindo a aceitar tudo isto em troca da mobilidade independente.

Mas estes efeitos não param por aqui. Os carros e as suas infraestruturas têm também uma grande contribuição para a poluição visual e sonora. 

Estás a ver aquela imagem terrível do parque de estacionamento que vês da janela do teu escritório? Estás a ouvir o som aterrorizante de carros a apitar, que entra pelo teu apartamento adentro? Novamente: temos aprendido a aceitar que isso tudo simplesmente faz parte, e não deve ser assim.

Qualidade de vida

Deixamos aqui uma sugestão: da próxima vez que fores passear pela cidade, repara na quantidade de parques de estacionamento, cruzamentos e estradas alargadas que existem. E depois pensa no quão diferentes as nossas cidades poderiam ser se pelo menos alguma parte desse espaço fosse realocado a outros propósitos.

Lembra-te, a nossa infraestrutura centrada em carros particulares está-nos a custar uma série de coisas — casas a preços acessíveis, parques verdes, escolas e vias dedicadas a veículos elétricos. Estamos a viver num nível abaixo do padrão, mesmo sem nos apercebermos disso.

Sempre que fores a pé e encontrares pelo caminho uma série de semáforos, calçadas estreitas e ainda levares com os gases nauseabundos vindos de tubos de escape espalhados por toda a cidade, lembra-te, isto é o resultado de colocarmos os carros à frente das pessoas.

As nossas cidades construídas para carros estão a arruinar a forma como nós (pessoas) interagimos umas com as outras — e consequentemente, a nossa felicidade e bem estar geral. 

Com a nossa infraestrutura atual, a espontaneidade perdeu-se, uma vez que nos vemos obrigados a planear praticamente todos os nossos encontros e eventos sociais com alguma antecedência. Esta infraestrutura é como que uma barreira que nos separa dos nossos vizinhos, das nossas comunidades, das nossas pessoas.

E é quando estas barreiras se levantam que nós, humanos, nos tornamos mais defensivos, egoístas e solitários. Uma coisa é certa, o status quo atual não promove a união. 

Está na altura de darmos a volta a isto

Agora que está claro que ter um carro particular não é o melhor para nós, para as nossas comunidades e para o nosso planeta, a questão que se coloca é a seguinte — para onde vamos daqui em diante? 
Devemos continuar a viver numa estrutura desatualizada que não faz nada para otimizar a nossa qualidade de vida, ou devemos fazer algo para mudar?

Na Bolt acreditamos que está na hora de devolver as cidades às pessoas. Se não existir uma grande mudança, o estado em que vivemos continuará o mesmo e iremos estar a deixar a nossa saúde, a nossa economia, as nossas cidades e o nosso meio ambiente em segundo plano.

Claro que a mudança pode não ser fácil, é muito mais simples seguir o caminho que oferece menor resistência, que é mais confortável. Mas nós queremos estar no lado certo da história e adoraríamos que tu te juntasses a nós.

Cidades feitas para pessoas — é o futuro?

Reconhecemos que só será possível diminuir o número de carros particulares nas ruas se existirem alternativas de transporte económicas e acessíveis.
A nossa missão na Bolt é tornar a mobilidade urbana mais acessível, segura e sustentável. Através do nosso serviço de transporte de passageiros e veículos elétricos (trotinetes e bicicletas) estamos a dar às pessoas a possibilidade de largarem os seus carros em troca de um transporte on-demand. 

Vamos agora olhar para como poderá ser uma cidade no futuro, com menos carros particulares a circular…

Um dia na vida de uma cidade pós-carros

O alarme toca, tomas café, e entretanto chega à altura de saíres para o trabalho. Até agora tudo normal, certo? 
Estás um pouco atrasado para apanhares o comboio por isso decides pegar numa trotinete elétrica que está na estação de carregamento de trotinetes que fica logo ao virar da esquina. Abres a app da Bolt, reservas e trotinete e lá vais tu.

Como fizeste 2 kms de trotinete até à estação, pudeste ver o quão verde está a cidade (desde que aquelas estradas largas de antigamente se tornaram espaços verdes de lazer). Na verdade, uma das estradas foi reconstruída para peões e existem agora lojas independentes e um centro comunitário. Também percebes que há agora mais espaço para trotinetes e peões, com a existência de calçadas mais largas.
Assim que entras no comboio encontras alguns amigos com quem pões a conversa em dia — com toda a gente a largar os seus carros particulares, todos se sentem mais sociáveis e acabam por interagir mais uns com os outros. Mesmo assim, ainda estás com algum sono e por isso colocas os teus fones e olhas pela janela. “Wow, que vista incrível!” 

A linha de comboio costumava passar junto a uma estrada com várias vias, mas desde que os carros particulares começaram a desaparecer, essas estradas enormes foram substituídas por parques, ciclovias e casas mais acessíveis. E aquele centro comercial que vias quando te aproximavas do escritório agora tem árvores à volta em vez de lugares de estacionamento.

A caminhada da estação até ao escritório é agora muito mais rápida. Antes tinhas de dar uma volta enorme para evitar dois grandes cruzamentos, sem falar naqueles grandes tempos de espera em semáforos enquanto uma série de pessoas nos seus carros particulares passavam por ti. Mas, not anymore!
Com a realocação do espaço, as caminhadas ganharam prioridade nas nossas cidades. É visível a grande quantidade de pessoas que conseguem superar o número de passos diários recomendados. Chega de respirar ar poluído e de lidar com o stress que é ter um carro, e andar nele — chegas ao escritório como novo e pronto para começar o dia. 

No exterior, aquele parque de estacionamento enorme e horrível junto ao teu escritório desapareceu. E, enquanto muitos chegam a pé ou de bicicleta, alguns dos teus colegas chegam de Bolt, e saem diretamente à porta do escritório. O carro deixa-os e segue imediatamente viagem para apanhar o seu próximo passageiro, sem existir a necessidade de estacionar.

Com menos carros particulares nas ruas, aquele sentimento de termos as cidades devolvidas às pessoas é real, finalmente!

A vida é bela.

Junta-te a nós na nossa missão

Sim, o cenário que descrevemos acima parece um pouco utópico. E sim, vão existir muitas pedras no caminho até chegarmos lá, mas acreditamos que vale a pena o esforço para melhorarmos a nossa qualidade de vida coletiva.
Com apenas um clique podes fazer o download da app Bolt, começar a reverter o estado atual das cidades e juntar-te a nós num novo mundo da mobilidade on-demand. 

Estás pronto?

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